No “Dia 0”, ou “O Pior Dia”, Diana recebe uma chamada devastadora: Eugénia, a sua amiga, a sua irmã, foi assassinada.
Quatro amigas vivem numa comuna e possuem qualidades especiais: Diana e as suas visões, proféticas ou sintomáticas, em relâmpagos de linguagem; Saratoga, que consegue extrair música do mundo com o mais leve toque; Yunuen e a sua busca constante por dar forma e coerência a uma realidade em permanente dissolução; e Eugenia, que terminou a sua viagem em Teotihuacán, onde trabalhava numa escavação arqueológica enquanto se envolvia numa luta comunitária. A história destas amigas na comuna, e habitado de forma itinerante pelos seus círculos alargados, chega-nos como o eco de uma explosão através da investigação de arquivistas do futuro.
O romance aborda temas intensos, como o feminicídio, a dor visceral da perda e a resistência encontrada no caminho lento e árduo de procurar justiça através das instituições. Feral é também uma ode à amizade, à comunidade e à criação coletiva de espaços, em contraste com o mundo hiper-individualizado de hoje.
Feral é uma viagem pelos túneis do tempo a partir dos quais se constrói o saber que explica as ruínas do nosso presente. Um saber que é preciso reconstruir e recontar porque, como dizem as arquivistas, «algum dia este arquivo será jardim».
Com uma escrita poética e intensa, Gabriela Jauregui transforma a dor coletiva em força e solidariedade. Feral é uma metáfora do México atual: um país onde ser mulher continua a ser um ato de coragem e, ao mesmo tempo, um grito universal pela liberdade, pela justiça e pela vida.
Vencedor do Prémio Bellas Artes de Narrativa Colima 2023.
| Autora | Gabriela Jauregui |
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| Sobre o autor | Gabriela Jauregui nasceu na Cidade do México em 1979. É doutorada em Literatura Comparada pela Universidade do Sul da Califórnia, tem um mestrado em Escrita Criativa pela Universidade da Califórnia, Riverside, e um mestrado em Literatura Comparada pela Universidade da Califórnia, Irvine. É editora e cofundadora do coletivo editorial Surplus Ediciones no México e presidente do Júri do Prémio Aura Estrada para jovens escritoras. Em 2017, foi seleccionada como uma das 39 escritoras mais promissoras da América Latina com menos de 40 anos, na lista Bogotá39. Feral é o seu primeiro romance e venceu o Prémio Bellas Artes de Narrativa Colima em 2023 (México). |
| Críticas da Imprensa | “Uma narrativa audaz e turbulenta, tecida por uma comuna de mulheres que procuram justiça pelo assassinato da sua amiga Eugenia, uma jovem arqueóloga que trabalhava numa comunidade sitiada pelo extractivismo. Com uma prosa íntima e poderosa, o romance dá forma a um exuberante arquivo que explora as dinâmicas de solidariedade e afecto entre mulheres, enquanto confronta as duras realidades do feminicídio, da impunidade e da discriminação, entre outros flagelos do México contemporâneo.” “Se pudéssemos ouvir o futuro, esta seria a sua voz. Gabriela Jauregui deu voz ao tempo: através das vozes na comuna, constrói-se o relato da perda e da ausência enquanto se ergue a trincheira da última resistência: a língua, o testemunho.” «Feral é uma tragédia grega trazida para o presente feminicida do México e é também a história de quatro amigas que se descobrem, se inquietam, se politizam, se organizam: partilham… O primeiro romance de Gabriela Jauregui — como tudo o que ela escreve — é uma combinação de talento, inteligência, empatia, um profundo compromisso político e um carisma expansivo». |
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